Segredos

Na época atual em que a mídia

É uma tirana que formata mentes

De maneira randômica e indecente

Com o único objetivo de lucrar

E isso vale prà esquerda ou pra qualquer

Outro ângulo do espectro político

Mudando apenas flâmulas e rótulos

Grupos e países lutam pra fabricar

Robôs bióticos tipo cibernética

Patética (no sentido de quem

Recebe a ação mas não consegue agir)

Dos seres humanos; nesta fase

As palavras se tornam tolas

Esvaziadas as mensagens.

Isso em Alquimia corresponde

À fase nigredo na qual o material

Se decompõe, a obra em negro,

Porém as frases e os termos

Tornam-se sons vazios de sentido

Pra quem é programado o tempo inteiro

Pelo arremedo

A Grande Obra

O tempo da obra

Pode durar um átimo

Ou uma época

 

Mas dure o tempo que durar

A obra é verdadeira

Genuína genial

 

Generosa produtiva

Plena ativa e vital

Quando a ilumina o Sol

 

Splendor Solis

Vocês

Eu estava em oitoalém

Tipo um universo paralelo ao nosso

Ou aos que frequentamos transitando

Entre vários universos

Aos quais chamamos nossos

Com o latim literário

Que antes usava pra ler

Eu conseguia me comunicar

Com esses povos do Egito

A maioria sabia a língua antiga

Foi falando esse idioma

Que descobri onde estava

O que determinava também a data

Lembro que antes disso eu andava pela rua

Do meu bairro à noite

Meio lusco-fusco

Luzes vacilantes

Acendiam e apagavam

Ascendiam e aparavam os lios

Aí vi um animal junto ao meio-fio

Que pensei rápido num átimo que pudesse ser um gato

Mas reparando bem vi que ele era meio gato meio coelho

Fiquei intrigado aquela estranha combinação não sabia nem se era possível

Andei atrás do gato-coelho que foi acelerando a sua caminhada até virar uma marcha

Meio corrida de coelho-gato e eu correndo atrás dele, como um herói super veloz com pés bem rápidos

Mas que não o conseguia alcançar, aí senti que caía por um buraco no chão

E a queda foi longa, longa, durou uma hora ou duas não sei quantas durou um tempo enorme

Quando dei por mim estava nas areias escaldantes do deserto perto das pirâmides

Da Esfinge 2 e da Esfinge 3 que eu conseguia ver e ainda

Perto do palácio eles falavam a língua egípcia eu acho

Não entendia nada

Porém ao perceber esta estultice alguns varões pronunciaram frases da língua latina

E eu que recebi aulas desse idioma no Colégio Pedro II quando pré-adolescente e continuei depois

Estudando e lendo livros em latim

Consegui entender mais ou menos

Sua pronúncia não correspondia à clássica nem à reconstituída

Contudo rapidamente eu consegui me familiarizar com o seu modo estranho de se expressar

Aí, quando falei do meu país natal

E do meu mundo atual no século 32

Me consideraram algo muito especial

Tipo um viajante do tempo

Não apenas um viajante dimensional

Então me levaram pra falar com a Rainha

Que era linda, charmosa, muito bem vestida e mandava em tudo

Eles eram o povo hamita, todavia ela tinha outra etnia

A rainha europeia grega é na verdade eslava

Pois, desde a época de Alexandre

A família dos Ptolomeus da Macedônia reinava no Egito

Seu nome é Cleópatra

Ela é ruiva

Seu latim é muito bom

Ela me contou que falava muitas línguas

E que era perita em

Filosofia

Religião

Medicina

Astronomia

Astrologia

E Alquimia

Talvez um dia eu escreva um grande texto talvez até mesmo um livro inteiro

Contando como foi a minha vida e tudo que aprendi com Cleópatra

Nesse raio real da roda do tempo

Contudo

Eu agradeço a Deus

Porque agora estou aqui de novo com meu povo

E posso contar tudo isso pra

Vocês

 

Real geração

A maioria das pessoas que conheço fala que não dá valor pra estudo

Mesmo a Ciência de mais clara utilidade eles desdenham

Que dizer se soubessem que em outras épocas as pessoas

Compreendiam a Filosofia a Ciência e a Arte

Como atividades geminadas, profundamente interdependentes 

Quanto ao conhecimento ao pensamento e à invenção 

Pra alguns deles tudo isso é uma piada

O que eles pensariam então se eu lhes falasse que os textos mais lidos e lindos

Contam o segredo da geração dos seres

E nos revelam onde e quando e de que modo acontece a criação

Lua

Seguindo cuidadosa/mente a ordenação das fases das operações alquímicas

Estou escrevendo a cada vez sobre um planeta que é um deus grego e um metal

E que tem reverberações infinitesimais na mente da gente na meta certa no mundo

Na obra na vida no macro e no micro cosmos e em seu cronotopo sensível

Isto é emanação ou vibração correspondente a aquele nível se/mente

Aí pra focar pra ficar tocando ao fundo enquanto peço às Nove Musas que me deem

Inspiração pra escrever esta poesia de hoje coloquei pra tocar a inspiradora

Canção na voz de Gal Costa Lua lua lua e isso me comove muito me lembra

Dos meus tempos de menino e um sentimento de sonho de beleza de desejo

O encanto e acalanto feminino, aí eu me lembrei daqueles versos magistrais

Que eu lia na adolescência do genial Madrigal de um louco do grande poeta

Simbolista brasileiro Antônio Francisco da Costa e Silva que canta coisas assim:

"Ó rosa mística dos ares!.../Unge meu ser na apoteose/Da tua luz, e eu frua,

Cismando, a pureza/Da luz e goze" etc. a poesia é linda, e tem o formato

Das fases da lua se sucedendo pra sempre da capo num recomeço no céu

Como um grande Ouroboros cósmico ou espacial Caduceu

Mercúrio

Àquele que estabelece a comunicação com o plano divino

Os gregos chamavam Hermes, os egípcios Thoth,

Enquanto os romanos o nomeavam Mercúrio

Que é por isso mesmo o planeta mais próximo ao Sol;

Esse nome também se refere à planta que pode nos conectar

E à prata viva, incomum, o intrigante metal;

E ainda ao princípio ou base da matéria físico mental

Que reproduz a Pedra, vetor transmutatório uni-versal

Conhecido como Azougue, o Mercúrio Filosofal;

Della transmutation metallica, 1589, Giovanni Battista Nazari, p. 146

Ar

Sem misticismo nem esoterismo, todavia,

Você sabe que há sim seres que vivem no Fogo;

Em nosso planeta, a vida sugiu na Água,

Um longo percurso até chegar aos peixes;

Depois os seres vivos experimentaram

Colocar um pé no mar outro na praia;

E surgiram os anfíbios, dos quais vieram

Os répteis, que conquistaram o solo a Terra firme

E até mesmo inventaram o voo pelo Ar,

Quando os sáurios se tornaram pterodátilos

E geraram a arqueoptérix, dos quais vieram as aves;

Numa outra linha de ganho do galho da Árvore da Vida

Se desenvolveram os mamíferos, dos quais nós viemos;

Contudo, pense que o líquido amniótico

Que envolve os fetos das espécies, inclusive a nossa,

Tem a mesma composição química do oceano;

Então na Terra os répteis inventaram o voo

Que se tornou apanágio das aves

E que o ser humano plagiou com suas naves

Voadoras, tipo balão, aeroplano, espaçonave etc;

Veja que a evolução da vida é a conquista

Paulatina e genealógica dos cinco elementos;

Os seres que nós somos na atualidade do planeta

Conquistamos já quatro; o mais raro e mais completo

E o mais recente a ser conquistado é o Fogo.

A Alquimia é a busca da conquista do Elemento Cinco.

Terra

É Leão

E se mescla

Com as águas as sereias os tritões

A baleias os peixes as naves

Esses muitos seres do mar

É Matéria

Mas sobrevoa

Os mares as vilas as florestas

As cidades as indústrias

E as plantações

É Terra

Que também contém em si

Uma roda que gera energia infinita

Em seu ventre nos traz

E nos nutre e

Nos faz

Sobre a Natureza

Eu sou de Áries e você sabe que esse signo é fogo

Este é um dos motivos pelos quais o Mutus Liber fala

De maneira tão clara para comecar os trabalhos nos meses

De Áries e Touro, abril e maio; assim, também meu livro

Que está sendo químico nestes dois meses, e que sabe, sim,

Às vezes, adotar uma forma mais densa ou mais sutil.

Lembre-se de Heráclito, que escreveu que a arché,

Isto é, o substrato básico ou matéria prima do mundo,

É o fogo. Heráclito era então alquimista? perguntará,

Talvez, você. A gente pode chamar todo mundo

De alquimista em algum grau, aquele que cozinha,

Quem planta e colhe o grão, quem limpa, organiza,

Comerciliza, produz, reproduz, inventa, ensina...

E assim por diante, há algo de alquímico no modo

Como o ser humano se coloca perante o mundo,

A vida e o seu desafio constante. No caso de Heráclito

Eu não sei, nos sobraram mínimos fragmentos

Do seu livro Περὶ Φύσεως, pelos quais podemos ter certeza

De que ele é o grande iniciador da Filosofia ocidental,

A mesma que gera e é gerada por Platão, Aristóteles, São Tomás,

Descartes, Espinosa, Leibniz, Bacon, Kant, Hegel, Nietzsche,

Heiddeger, Derrida, Deleuze e Guattari, entre outros,

Eles todos são gênios que vieram de Heráclito.

Agora, se o efésio era também artista

Da Grande Obra, isto não sei dizer, mas que ele é fera

E acerta cada martelada no prego com destreza,

Quer dizer, assim como Nietzsche, antes de Nietzsche,

Ele também inventou filosofar com o martelo,

Isso a gente sabe que lhe cabe com certeza.

https://aquariusvinteeum.blogspot.com/

moto contínuo

Em seu livro de 1956 Movimento Perpétuo (Coimbra: Oficina Atlântida) António Gedeão apresenta a poesia Pedra Filosofal

Que foi musica por Manuel Freire em 1970 e se tornou um hino de resistência contra a ditadura portuguesa na época;

António Gedeão (pseudônimo literário; em português de Portugal eles escrevem António porque é assim mesmo que eles pronuciam), o poeta que é autor do livro,

Era também professor de Física e Química e foi membro da Academia de Ciências de Lisboa; seu nome era Rómulo Vasco da Gama Carvalho;

Leia a Pedra Filosofal dele, é fácil de encontrar, depois continue com esta poesia aqui;

É realmente um texto muito bonito, e serviria talvez como argumento enganoso para aqueles que falam

Que os termos da Alquimia se constituem em metáforas, símbolos de estados psicológicos etc.

Bem, o tema da poesia é o sonho, nos dois sentidos, tanto o sonho fisiológico que sonhamos quando dormimos

Quanto a aspiração que faz com que o ser humano sempre invente coisas e queira melhorar o mundo e a si mesmo;

Na verdade os dois títulos estão muito bem cuidados, não foram mal escolhidos, e, nova/mente, não há nada metafórico aí, o poeta-cientista sabe ser alquimista;

Essa qualidade plástica, elástica e produtiva dos sonhos nos dois sentidos é um verdadeiro motor contínuo que aciona o afeto nos seres

E lhes permite ter a qualidade fluida e adaptativa da água;

A água é um dos quatro elementos dos filósofos, os quais na realidade se constituem em cinco,

E cada um deles, sendo uma força da matéria, nos traz muitas qualidades e características, as quais podemos utilizar

No nosso trabalho; no caso da água, ela é mercurial, tudo é mercúrio, enxofre e sal, mas sempre com uma preponderância

E a da água é essa: é por isso que ela é o nosso acionador das ações, sensações e pensamentos, e nos contempla

Com o moto perpétuo.

Palingênese

Tantas palavras vieram da mais alta Ciência

Onde, no entanto, o seu significado é muito mais complexo,

Completo, simples, rico e profundo;

Por exemplo: água ardente, alambique, álcool, Atanor, elixir etc.

No caso de alambique, provém do grego, através do árabe,

E designa o aparelho de destilação;

Por esse nome, compreendemos na Arte

Uma invenção recipiente que é real,

Transparente, cristalina, multidimensional,

Na qual o Filósofo insemina como num ovo

E tal qual as aves fazem ele o aquece suave/mente

Pelo tempo certo, até que ali brota a semente, que nasce, de novo.

Caduceu

Essas figuras são programas espirituais

Que funcionam nas várias camadas do ser

O Caduceu pode ser símbolo da Contabilidade

Mas é também imagem que existe há milênios 

Como na taça do rei Gudea de Lagas na Suméria

E sobre as pedras nagakals na Índia

A serpente da direita é Od, a da esquerda é Ob,

O globo dourado em cima do eixo é Aur

O Caduceu (kerýkeion, em grego, o bastão dos arautos)

Reproduz para nossa mente o infinito e é o complemento

Do Ouroboros – mesmo o infinito pode ser vários

Uma cobra é Mercúrio, outra cobra é Enxofre,

O masculino e o feminino brigando perto da árvore

Quando chega o deus grego Hermes e coloca a sua vara

Entre os dois ofídios, e eles se entrelaçam, e se unem

Em voltas, como uma espiral, como o código genético,

E assim ganham asas, como também aconteceu com Quetzalcoatl

A serpente emplumada que inspira os Toltecas do México

Que é malacatifa que rasteja e ave que voa ao mesmo tempo

Paracelso, muito genial, entre tantos outros avanços na técnica

Revelou prà gente pra sempre que o bastão que harmoniza as serpentes é o Sal

E eu falo aqui que a esfera que encima o acordo das duas serpentes

É o Sol.

O Mercúrio dos Filósofos

Della Transmutatione Metallica, 1589, Giovanni Battista Nazari

Coas

Os toltecas ensinam que o masculino é raro

Como a substância a que chamamos matéria

A qual constitui 5 por cento do universo

O hermetismo fala sobre essa matéria que podemos ver

E com a qual podemos interagir

 

Espero que saibas que quando uso as palavras

Estou seguindo o caminho dos alquimistas

Que escrevem, gravam e falam assim:

O nosso súlfur não é o enxofre vulgar

O mesmo com o nosso mercúrio com o nosso sal

E com o nosso ouro

O enxofre é o masculino o luminoso

É aquele que cria e fixa as formas

Em sua raridade ele é fundamental

Nem sempre as pessoas percebem o quanto

Sejas tu quem fores sabe que a Grande Obra

Começa com o enxofre sendo preparado

Da matéria primeira que alguns chamam

Caos

 

 

 

 

n egó cios

O século o milênio e a data de hoje

Concordam em serem o número 21

Se a poesia é uma energia fabricada

Na conexão cibernética entre você

E o conjunto a que você chama mundo

Pensa que os outros memes também fazem

(Essa palavra originalmente significa

Uma rotina ou algoritmo do pensamento

Que roda nas mentes falas sociedades)

Seus números, e, principalmente, trazem

As suas novas rotinas pensamentos e poesias

Vamos entrar no Templo da Música?

Comprei ano passado e vou começar a ler

O Templo da Música de Robert Fludd

Por acaso estou ouvindo o piano superplanetário construtivo

De Chopin que pronuncio "Chopen"

E você sabe muito bem por quê

Quando era adolescente lá estava eu

No Instituto Villa Lobos no centro da cidade

Claro que era piano que eu queria

Mas achei tão chatas as aulas de teoria, me mandei

Dez anos depois lá estávamos nós

Fazendo show de rock com a nossa banda que se chama Música Alienante

Sempre achei mesmo a música intrigante

Com simples sete notas e cinco semitons

Que geralmente nem podem ser usados conjuntos com as sete

Os seres humanos falam tudo e mais um pouco

E nos fazem conhecer os círculos dos céus 

O coro dos anjos a música das esferas

E o som e o tom dos circuitos pluriversos

A música é realmente um grande mistério

Mas como ela é linda e nos faz bem

Meu Deus

Credere aude

Sim sim meu amigo a crença é uma aposta

e isso vale nos dois sentidos, apostar no jogo é acreditar

e isso é óbvio, todavia, menos banal é compreender que crer

também é jogar, sendo que, entretanto, esse é o jogo

no qual sempre ganhamos, pois a crença

verdadeira é a semente de luz que cria

o mundo e faz o ser feliz

porque é o verdadeiro

amor

Sim, e essa afirmação também é ouroboros

ou então outra figura pra expressá-la

crer no amor e amar a crença

constituem os dois polos

que geram o mundo

e fazem de cada

um e todos

nós

o rebis

Heráclito

O filósofo Heráclito é o máximo

O pensador obscuro é o mais claro

O mais antissocial é o mais amado

E o mais amoroso com os outros

Mesmo que muita gente ainda não saiba

Os fragmentos seus que nos chegaram

Constituem o livro mais denso

Mais intenso

E o que mais gera frutos milionários

Summer

Você já ouviu a Janis Joplin cantando Summertime

Somente em lugares tão cheios de inverno

Aquele blues seria viável

O estado da matéria azul não está restrito ao nome

Ou à geografia porém

Nós brasileiros temos nossos rock soul e blues

Que estão inscritos nos nossos ritmos também

Nossa língua

Povos germânicos e povos latinos

Chamam os dias da semana pelos nomes

Dos deuses pagãos em seus respectivos idiomas

Assim temos as palavras que correspondem

Ao Deus que rege o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio,

Júpiter, Vênus e Saturno

Com as inúmeras implicações

Mitológicas e Alquímicas

Que essas expressões trazem

E fazem

Mas isso você sabe mais que eu

Apenas na língua portuguesa há só um nome

Pra todos os dias da semana

E Esse é o nome do Senhor

E é justamente isso

Entre tantas outras coisas lindas

Que me faz amar tanto a nossa língua

tempos fractais

O Nagual (Carlos) César Salvador Aranha (Castaneda)

Revela-nos miríades de seu saber e seu fazer que provêm dos toltecas

Uma compreensão do mundo e do ser humano enquanto estados de consciência

E muitas técnicas para os acessar que nos proveem nova visão do elemento

Existencial em seus desdobramentos multidimensionais

Nos infinitesimais raios da roda do tempo

Os tempos fractais

Pluralidade

Assim propõe o princípio cosmológico

O universo é homogêneo e isotrópico em todas as direções

Essa é a base da autoconfiança da física

E que faz alguns cientistas pensarem que as ciências humanas

Não seriam ciências de verdade ou

Seriam pseudociências

Pra isso eles talvez tentem esquecer

Que a matemática da teoria relativística

Não funciona no nível quântico

Que não há gravidade ou tempo-espaço entre as partículas

Ou ainda que são concomitantemente partículas e energia

Ou que todas as regras da física não se aplicam isto é não funcionam

Em regiões reais do espaço que se chamam de singularidades

Como os buracos negros e os big bangs

Na tentativa de compreensão de alguns cientistas

A Filosofia então nem se consulta

E os mitos seriam criancices sem sentido

Um filósofo pode por exemplo imaginar

A coexistência de muitos mundos possíveis

E que cada um deles tem as suas leis

E as suas próprias propriedades físicas

Já dos mitos e das religiões eu nem ouso falar

Porque aí as coisas ficam bem mais complexas, avançadas

E mais simples

 

Gottfried Wilhelm Leibniz

Vimanas

Os Vedas nos falam que os Vimanas

São naves que têm a forma esférica

E voam pelos céus com seus motores

Movidos a mercúrio que suscita

Um vento propulsor e que as pessoas

Que viajam dentro deles

Chegam em questão de segundos

A qualquer lugar deste mundo

E deste ou de outros universos

O piloto os guia pela sua vontade

De baixo pra cima, de cima pra baixo,

Pra frente pra trás ou pra qualquer lado

Conforme a disposição do motor

E sua inclinação

Perceba que esse texto no qual

Faço aqui a paráfrase dos Vedas

Possui a mesma explicação

Que se dá secreta/mente

Pràs naves voadoras

Atualmente em desenvolvimento

Nesse nosso planeta turbulento

As quais fazem manobras instantâneas

De noventa ou cento e oitenta graus

Se movem em qualquer direção

E mudam o movimento super rápido

Em uma fração de segundo

O que teorica/mente

Não seria possível explicar

Pela nossa engenharia aeronáutica

E, como já escrevi antes aqui,

Seus motores usam mercúrio

Pressurizado, que é acelerado

Por reatores de energia nuclear

Que criam uma força antigravitacional

Que se origina no centro da força motriz

A qual produz um impulso eletromagnético

Que interage com o campo de Higgs

Presente/mente é possível ler os Vedas

Em inglês e muitas vezes português

E até em sânscrito;

Eu conheço gente séria que o faz

Mas quando eles estudam a ciência

Que se acopla nas várias vertentes

Das atividades humanas

E sobre-humanas

Aí é que a coisa

Fica quente

Reflexões sobre a batcaverna

Eu sou daqueles que ficam fora da caverna
Muitas horas por dia quase sempre

Quando volto estou meio confuso

Não me mostrando assim um expert

Na ciência de prever os movimentos

Das sombras projetadas e os ecos

Dos sons que ressoam nas paredes

Dos inúmeros labirintos de pedra

Porém eu por mim gosto é assim

Essa gruta maluca é o maior barato

E ainda muito mais legal que essa quimera

É a luz do sol e os seres fora dela

Mater semper certa est

E ela olhou pra mim muito séria

E me falou assim:

Você diz que estuda a Alquimia

Que reza e lê seus livros de alquimistas

E usa os aparelhos científicos

Aliados à sua real Filosofia

E ao som dos instrumentos musicais;

Mas eu que não sei o que é magia

Nem pesquiso o hermetismo

Nem sei o que é isso, se é sério

Ou se é uma fantasia da mente

De pessoas entre as quais

Você se inclui;

Eu desde que engravidei

Sinto em meu ventre

Que o vento sopra noite e dia

E que os mares estão também em nós

E que há um fogo eterno vigilante

Que é terno e veloz

E que se manifesta em mim;

E eu sinto que sou a base do meu filho

Que está pra nascer, como o planeta

Nos traz a nós em seus abraços

E acarinha e alimenta

A vida inteira;

Ser mãe é ser a fonte

Ou ser a ponte

Prà nossa eterna fonte

E isso pra mim é que é

A Alquimia verdadeira

Gustav Klimt, Esperança II (1907-08)

Bhajanti

Assim nos ensinam os textos
Por exemplo o filósofo Jakob Boehme
Éramos seres bem mais próximos da Luz
Mas quisemos fazer as experiências
Densas na intensidade desta faixa
Dos multipluriversos “n”

Por isso fomos vestidos com peles
E temos este modo de viver
Porém ainda mantemos em nós
O nosso genuíno ser
Pode parecer um negócio
Nada contra o comércio
Ele é a mola que dá
Impulso ao convívio social

O comércio é ótimo
Contudo alguém poderia
Chamar esse nosso socius
De laboratório experimental
Entendendo isso
No sentido da química atual
Estaria certo assim também

Todavia a melhor compreensão
É que esse comércio
E esse laboratório
Estão ambos regidos pelo signo hermético
O que significa
Que nossas atividades
Sempre estão falando com Deus

Adorando e servindo a Deus

Bhajanti
E ouvem cotidianamente a Voz Divina

E nossas experiências
Por mínimas ou máximas
Que sejam, na verdade, são:
O labor que é o trabalho
E o oratório que é o tempo e o lugar
Prà gente orar

E se conectar

 

 

Virtual e atual

A teoria junguiana do inconsciente coletivo

Não sendo uma bobagem completa, contudo

É sem sentido, pelo quanto propõe a geleia geral

Pra tentar entender sem conseguir

A manifestação daquilo que é pura potência

E produção própria, diferencial;

É que o nosso inconsciente é existencial

Pessoal intransferível e autoprodutivo

Como sempre acontece com o vivo

Em suas múltiplas manifestações;

No que essa teoria faz algum sentido

Pelo reflexo fosco que produz do que ocorre

É que cada ser humano se liga aos outros

Seres humanos como um consciente ativo

Que experimenta acordado e em sonhos

Vivências alternativas que vêm dos humanos

E dos outros seres vivos animais plantas

E até mesmo minerais átomos e partículas

Todavia tudo isso é sim uma conquista real

Que é o nosso acesso ativo ao atual e ao virtual

(Esta poesia se agencia a Gilles Deleuze e Félix Guattari)

 

Esquema do cone, Henri Bergson

Nível mental

Nietzsche ensinou

Porém nem todo mundo entendeu

A questão não é sobre bem ou mal

Ou sobre o que é bom ou ruim

Pra qualquer um

Ou algo assim

Tipo algum

Algoritmo

Não importa se é (e é) relativa a visão

Porque: é fundamental e outra a questão

Como alguém tão poderoso como um ser

Pode se fazer ou aparecer tão fraco assim

Veja que os humanos avaliam uns aos outros

Na verdade a si mesmos

Como se não fossem humanos

Como se as pessoas fossem gado

Ou mercadoria que se compra

Sempre é assim

À esquerda e à direita

É preciso inventar

Uma nova política

Que instaure a ética do ser

No status quo atual

O motivo pelo qual

Se anuncia que se vê totalitarismo

Em todo lugar é

Porque está lá

Por isso as pessoas tratam-se

A si mesmas

Assim como

Umas às outras

Como se fossem

Coisas

Rotuladas por idade

Raça cor opinião

Credo crença

Utilizade

Papel social e

Função

Todavia

Há sempre alguns loucos entre aspas

Seja aqui ou na China

No Japão no México no Nepal

Na Europa na América na Atlântida

No Brasil na Índia ou na Grécia

Em qualquer local do tecido social

Que se tece sobre a tessitura cósmica

Que é real

 

 

 

  

https://www.youtube.com/watch?v=44CsPY-wKyE

Toca Raul

Sou um cara humilde seguidor dos sábios

Eu me chamo Pedro e amo São Pedro

E amo todos os santos

Protetores do mundo e dos seres humanos

E amo a Deus acima de tudo

Meu nome é Jorge é Paulo é Raul

Minha origem é dentro fora

Na periferia e no centro

Sudeste oeste leste norte e sul

Somos frutos dos mesmos Pai e Mãe

Somos os pródigos filhos deste nosso mundo