Inteligência, grandeza ou relevância
Não são mesmo sinais de que algo valha a pena
Ou, expressando de outra maneira
Tem muita coisa inteligente totalmente imbecil
E muita coisa simples que é genial
Estou falando isso por causa do Mário de Andrade
Atualmente a tolice cavalga no país
Na época em que ele escreveu havia bons produtores e leitores
Mas suas coisas, entre outras, se mostram sementes
Das mentalidades tão toscas de hoje
Por exemplo, a Ode ao burguês
Pura pretensão, misturada a preconceito e impostura,
Ainda por cima fazendo jogo com a palavra “ode”
A qual ficou um trocadilho viciado dizendo “ódio a”
Falo isso porque quero escrever a Ode à novela
Sem nenhum ódio nem outra pretensão
A novela é algo leigo, lento, longo e bom
Scheherazade já o sabia muito bem
E hoje em dia sabemo-lo também
Nenhum comentário:
Postar um comentário